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APOCALIPSE AGORA

Diálogos sobre autoimagem e representatividade preta

nos cenários do rap, teatro e cinema como estímulos para o apocalipse do referencial branco e incentivo ao afrofuturismo

Sobre

Por Brenda Cruz, Pollyana Moraes e Verena Pita

26 de Outubro de 2020 | 09:25

Em passos firmes e estranhamente seguros, um corpo que mal chegava aos 35 quilos, mas já carregava a força e as marcas da terceira maternidade, ainda que nele tivessem apenas 13 anos de vida, caminha em direção ao primeiro dos muitos palcos que farão parte de uma sua trajetória. Palmas calorosas são esperadas por ela, porém, apenas gargalhadas são ouvidas no auditório. Olhares estranhos e risos não a intimidam. Após uma longa viagem do bairro de Santa Teresa ao centro da cidade do Rio de Janeiro, a imagem da garota que finalmente chegou ao palco com os pés calçados pelas sandálias da mãe, suas volumosas bolinhas crespas arrojadas em um laço, um vasto número de alfinetes encontrados na casa de sua mãe usados para lhe dar alguma forma, sua coragem e talento ainda desconhecidos para cantar, eram suas únicas esperanças de cumprir seu principal objetivo, conseguir o dinheiro do prêmio para salvar a vida de um de seus filhos.

 

Surge então, um certo medo ao destinar seus olhos a intimidadora e persuasiva imagem do maestro do palco que estava a pisar, ele era ninguém mais, ninguém menos que o consagrado Ary Barroso, ou “Seu Ary” como ela mesma o chamava. Estava ela no palco do clássico Calouros em Desfile”, na Rádio Tupi.

As gargalhadas que acompanhavam a chegada daquela criança ao microfone, só aumentavam. Suas mãos agora seguravam a roupa que mesmo com os alfinetes presos, sambavam nos 32 kg do seu corpo. A persuasão daquele temido apresentador transportou-se para sua voz, que sem a menor piedade perguntou, "O que você veio fazer aqui?". A jovem respondeu prontamente "Eu vim cantar", Intrigado com a velocidade da resposta Seu Ary retrucou "E quem disse que você canta?", a menina logo o responde, "Eu disse, Seu Ary". Naquela altura, o apresentador já havia percebido que seria difícil aquela caloura cair em suas provocações e, beirando a grosseria, voltou sua atenção para ela e questionou "Então, agora, me responda menina, de que planeta você veio?"

Em áudio, música de abertura do Programa apresentado por Ary Barroso na Rádio Tupi.

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 Com uma força e agilidade invejável, aquela caloura esquivou-se das alfinetadas, deboches e risadas destinada à sua imagem, fazendo seu nome ao responder a última pergunta que ouviu com as frases “Sou do seu planeta seu Ary.” “Do planeta fome” . Logo após, imprimiu para todos sua voz e marca registrada, ao cantar a música “Lama”, - sucesso de Alyce Chaves e Paulo Marques, conhecido na voz de Linda Rodrigues -, deixando todos boquiabertos e em silêncio. Nascia ali uma nova versão de Elza Gomes da Conceição, conhecíamos a gloriosa Elza Soares. “Uma estrela”, como aclamou Seu Ary.

Em áudio, Elza Soares conta sua relação com o uso dos alfinetes por toda a roupa neste dia.

Contato
Introdução
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Nos vídeos abaixo, alguns dos sucessos de Elza.

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Apesar das duras experiências vividas enquanto artista negra no país que em 2018 registrou que 75,7%

das pessoas vítimas de homicídio eram negras (Atlas da Violência). Naquele momento a arte e, em especial a música, estimularam a existência de um novo rumo para a imagem de Elza sobre si mesma. Hoje aos 90 anos, a cantora, encara o espelho, - objeto “refletor da alma”, como ela mesma conta -, com uma relação bem diferente da que tinha anos atrás.

Em áudio, Elza Soares relata  sua relação com o espelho.

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Como ritual para reafirmar a conexão com a imagem que criou sobre si mesma, Elza escuta música, toma banho de sol, continua nutrindo amores e relações de admiração; para ela, os caminhos funcionam “tanto para o corpo quanto para a mente, minha alma”. Conversando sobre esses laços, a cantora reflete: “todos que me olham com olhar de beleza, eu amo”. Mas, é em frases objetivas entoadas com firmeza que a artista defende um cuidado consigo, expondo o tratamento gentil orientado a sua autoimagem: “Antes de mais nada, eu sou uma mulher muito amada, eu me amo, se eu me amo, basta, me amo muito, sou muito amada por mim”.

Em áudio, Elza Soares conta quais os rituais para fortalecimento da sua cabeça e autoimagem.

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Identidade: Teoria, história e práticas 

"ACEITE-C"

A identidade pode ser pensada e definida de inúmeras formas. Em uma rápida pesquisa nas ferramentas de busca da internet encontramos definições como por exemplo, "o conjunto de características próprias e exclusivas com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.", Porém para as teorias e estudos sociais ainda há grandes dificuldades para a construção de um único conceito. O teórico negro Stuart Hall, propõe que pensemos a identidade a partir da influência de ferramentas culturais como por exemplo: a arte, ou os estímulos sociais e políticos.

O surgimento da internet nos proporcionou um cenário em que enxurradas de informações nos atingem diariamente. Desde então um movimento de estudiosos sobre a relação entre comunicação, cibercultura e identidade vem ganhando corpo e novos integrantes.  De acordo com Henry Jenkins, - um dos mais famosos teóricos desse movimento  -, “cada um de nós constrói a própria mitologia pessoal, a partir de pedaços e fragmentos de informações extraídos do fluxo midiático e transformados em recursos através dos quais compreendemos nossa vida cotidiana”.​

O tempo que dedicamos às redes sociais diariamente, o “descanso” da rotina do dia a dia em frente as tvs e aplicativos de streamings exemplificam bem momentos em que somos bombardeados por imagens e sons que chegam ao nossa orí - nomenclatura dada a cabeça na cultura das religiões de matriz africana -  e que por muitas vezes, conduz nosso pensamento sobre as imagens que vemos, e transformam noções de beleza, entretenimento, auto realização, modos de vida e relações afetivas, em mercadorias.

Orí.

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E para aqueles, como a população negra do Brasil, que não se encaixam ou “pagam” por esse modo de vida, a experiência de suas vidas é atravessada por uma constante busca de identidade ou pelas violências comuns ao racismo, resultando em efeitos psicológicos que comprometem a autoimagem de um povo negligenciado desde sua chegada ao Brasil.

No vídeo abaixo, a historiadora Janete Santos Ribeiro; a psicóloga Tainara Cardoso e a pesquisadora autonoma em Psciologia Africana, Roberta Maria, discutem sobre os impactos do racismo na autoestima e
estabilidade emocional de pessoas negra,

Para melhor visualizarmos as questões referentes a população negra e a relação com sua autoimagem, faremos um resgate histórico de sua chegada ao Brasil. O ponto de partida se dá na chamada “descoberta” da até então “Ilha de Vera Cruz”, pelos colonizadores portugueses no ano de 1500. 

 

Povos de diversos países do continente africano foram sequestrados, ligados unicamente a sua “força de trabalho”, despidos de seus nomes e apartados de suas línguas nativas na condição de escravizados, marcando a ruptura inicial com uma identidade africana e agora, forçadamente afro diaspórica.

 

Na Bahia, onde há um  percentual de 81,4% de cidadãos negros (PNAD - 2018), desembarcaram, segundo dados do Banco de Dados de Tráfico de Escravos Transatlântico, cerca de 1.7 milhão de africanos.

 

Esse extenso número de escravizados no Brasil e a constante tentativa de não sucumbir ao banzo  - estado de depressão psicológica que tomava conta dos africanos escravizados assim que desembarcavam no Brasil -, renderam também estratégias de autonomia e resgate do que era um marcador das identidades e culturas africanas - como os dialetos de idiomas como o quimbundo e o Umbundo, as manifestações culturais, como a capoeira, o jongo e as danças africanas, espirituais e físicas como o candomblé e os quilombos - para a o resgate e preservação de uma imagem positiva das tradições e dos laços criados com suas antigas comunidades e consigo mesmo.

 

 

A antropóloga e estudiosa Marimba Ani, através de sua afirmação “Sua cultura é seu sistema imunológico”, faz um chamado a reconstrução da autoimagem da população negra, apontando que isto só será possível através de uma olhar essencial para os caminhos, estratégias e práticas traçados por nossos ancestrais em nosso passado para vivermos plenamente o presente e projetarmos nosso afrofuturo.

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O FUTURO IS NOW

Esperanças e incertezas do amanhã

A onda afrofuturista curiosamente foi iniciada por um pesquisador branco, para ser mais fiel ao seu currículo; jornalista, escritor, conferencista e crítico cultural. Quando Mark Dery se perguntou na década de 90 onde estavam os negros americanos nas ficções especulativas, ele engajou outros estudos que já estavam em curso. Mas o termo Afrofuturismo surgiu durante a escrita de “Black to the future”.


Para esse projeto, Dery convidou outros pensadores que iriam compor o artigo através de entrevistas: Samuel R. Delany, Greg Tate e Tricia Rose. Esses sim, negros. A cada página, todos se empenharam para responder a pergunta “Por que tão poucos afro-americanos escrevem ficção científica?”. Autor do trecho mais destacado entre estudiosos brasileiros, Delany pontuou a construção de imagens futuras enquanto provocação, porque “nós fomos sistematicamente proibidos de qualquer imagem do nosso passado”.

Vinte anos depois, o movimento Afrofuturista procura a melhor definição da sua rede de estratégias para inclusão de pessoas negras no futuro. Entretanto, países colonizados no passado seguem com estruturas racistas intactas. O Mapa da Violência 2019 mostra aproximadamente 60 mil homicídios brasileiros que podem ser incluídos ao que Abdias do Nascimento denomina como Genocídio Negro.

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Observando tais indicadores, teóricos se aprofundam em outra linha investigativa chamada Afropessimismo.  Nessa perspectiva, o presente ainda é tão conflituoso que torna a abolição questionável. A ideia de escravidão não é atrelada ao trabalho forçado, e sim fatores que transformam homens em objetos. Peterson lista: desonra generalizada, alienação natal e violência gratuita ou ilimitada. 

 

Para Wilderson, essa condição permanece devido à supremacia branca e consequentemente anti negritude. A liberdade não é plena, posto que o encarceramento em massa e agentes abusivos do Estado refletem marcadores sociais. 

 

“Dado o contínuo acúmulo de morte negra nas mãos da polícia —apesar da maior visibilidade nos últimos anos— torna-se evidente que uma pessoa negra na rua hoje enfrenta uma vulnerabilidade aberta à violência, assim como o escravo o fazia nas plantações” (Racked & Dispatched, 2017)

 

A interpretação da apresentadora e cientista Morena Mariah não foge dessas compreensões, embora ela retorne para pensar outros imaginários afirmando “É ter a ousadia de sentir esperança e alegria”. Coincidentemente, quando Bell Hooks descreve posturas radicais em Olhares Negros de 1992, elas estão envoltas de narrativas que dispersam a marginalização. 

 

Olhares Negros reúne análises de produtos da indústria cultural, lançando críticas acerca de relações expostas essencialmente pela tevê e cinema. Hooks aponta incoerências nas representações que hipoteticamente ditam os novos rumos do audiovisual. No capítulo “vendendo uma buceta quente: representações da sexualidade da mulher negra no mercado cultural”, a autora dedica muitos parágrafos a Tina Turner e seu estrondoso sucesso. Dessa forma, ela dispõe absurdos da personagem que induziu um ideal de condutas para feminilidade moderna. 

 

Passando pelos trabalhos da cantora, desde sua biografia a participação na saga Mad Max, as observações articulam contradições encontradas a respeito da “mulher selvagem” a frente do seu tempo e fragmentos incômodos. Como o trecho de “Eu, Tina, a história de minha vida” em que acontecimentos decorrentes da primeira vez da artista são pincelados, “Doeu muito — acho que até minhas orelhas doeram. Tive a sensação de que estava morrendo. (...) Mas fiz por amor."

 

Interrogações são estimuladas; de que forma o amanhã se apresenta neste depoimento? Ou conversa com “That's Love Got To Do With It” [O que o amor tem a ver com isso], videoclipe que põe lentes focadas em uma sexualidade descomprometida para essa agente negra, evidenciando relacionamentos casuais aos quais (fora das telas) declinam inúmeras vezes em preterimento.

 

Considerando recomeços depois de grandes catástrofes, Nola Hopkins acredita que não é preciso esperar pelo estopim distópico porque ele está ultrapassado: "Para as populações negras que sobreviveram à escravidão, ao colonialismo europeu e ao processo de globalização, o apocalipse já aconteceu (e segue sendo experiênciado há séculos)". 

CONTROLE DE ROSTOS

Entre plantas e almofadas vermelhas, a diretora de arte e cenógrafa Caroline Meirelles concedeu uma entrevista sobre autoimagem da comunidade negra. Ela estava sentada, usando blusa preta, o que deixou o ambiente com as três cores (vermelho, preto e verde) dando referência à bandeira Pan-Africana.

 

Em pouco tempo, produções populares foram abordadas e Pantera Negra surgiu como exemplo de representação positiva. Único longa da Marvel que conseguiu conquistar o Oscar (2019), Pantera Negra movimentou as redes sociais com iniciativas coletivas para que crianças conseguissem assistir ao filme, principalmente pelo fator representatividade.

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“Estamos acostumados a ver filmes de heróis só com gente branca", afirmou a cineasta. Segundo Caroline, a narrativa de Pantera Negra mudou o rumo do cinema. Ela reforça que até telespectadores sem acesso a termos e pesquisas sobre tradições racistas dentro da mídia percebem outras construções nesse universo ficcional.

 

As associações de raça e representação no Brasil foram mostradas em telenovelas durante os primeiros anos da televisão, por emissoras como Tv Tupi e Rede Globo. Segundo Ismael Fernandes, jornalista e escritor do livro “Memória da Telenovela Brasileira”, os quarenta e sete ídolos da década de 60 eram brancos.

 

Para Zito Araújo, especialista em comunicação e cineasta, as imagens estereotipadas não provocavam o público porque “O desejo de branqueamento da nação” estava presente na estética do audiovisual nacional desde o século XIX.

 

A adaptação da peça Uncle Tom (Tio Tom), em “A cabana do pai Tomás” (1969), tinha um protagonista negro. Ele era encenado pelo ator branco Sérgio Cardoso, que se pintava com pixe. Atores pretos como Ruth de Souza e Milton Gonçalves não tinham personagens importantes. 

 

Trazendo referências positivas sobre representatividade preta no cinema, o cineasta, produtor e diretor Licínio Januário trás a tona as produções do Canal Tela Preta Tv, no YouTube. Em entrevista para o episódio de cinema da Websérie sobre Autoimagem, o diretor afirma que "precisamos de comédias românticas, começando do básico. Assim, entraremos na indústria". Licínio reforça que produções que dialoguem com "aquilo que o povo quer ver", terão muito mais impacto do que projetos que falem sobre realidades utópicas.

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No vídeo abaixo, o episódio: "O cinema é a chave",  da webserie Apocalipe Agora, 

Caroline garante que houve mudanças com o passar do tempo:  “Quando eu olho no espelho eu fico muito feliz com o que eu vejo, porquê eu nunca pensei que fosse ficar feliz com o que eu vejo”. Ela também disse que agora as visões conversam com sonhos, projetos e companhias. “Durante muito tempo foi só sobre minha aparência física (...) aprendi a ser feliz com o que enxergo”, disse.

 

Vinícius Silva, pesquisador de Bell Hooks há alguns anos, trouxe definições que explicam essa relação conturbada com o próprio reflexo. Para Hooks, sugestões do que somos são transmitidas através das narrativas.  

 

“Os processos pelos quais indivíduos se tornam sujeitos estão vinculados aos atores representados”; ele completa as informações lembrando que homens e mulheres negras possuem noções de existências a partir de novelas, web séries e todas as produções que compõe a mídia. 

 

O entrevistado ainda acrescenta interrogações que enriquecem o debate: “Que jovem negro é esse? Ele de fato existe ou está sendo idealizado pelo discurso midiático?”. Essas perguntas dão estímulos para análises como as de Stuart Hall: “Ele diz que a realidade é construída pelos meios de comunicação social”, concluiu Vinícius.  

 

 

A trajetória de construção de identidades brasileiras é marcada por episódios que envolvem colonização, mestiçagem e processos globais de tecnologia, fazendo com que as respostas para “que sujeito humano sou eu?” estimulem discussões teóricas. Representações negras na tevê, cinema e teatro fazem parte dessas pesquisas. 

 

Gráficos, documentos e análises desenham pontos de partida que seguem interferindo nos processos criativos. Eles contribuem para demonstrações racistas que formam imagens que correspondem às especulações da brancura. O filósofo, psiquiatra e ensaísta Frantz Fanon descreve essa violência simbólica em sua produção de 1962: “Eu sentia lâminas de facas me abrindo de dentro pra fora... Eu não conseguia mais rir”. 

 

Os primeiros relatos desses danos estão ligados ao projeto de desvalorização das civilizações. Para Muniz Sodré, europeus deram uma nova roupagem as estratégias do império romano, ou seja: deuses, linguagens e comportamentos eram belos e corretos se pertenciam à cultura deles.  Até hoje, ferramentas africanas ou orientais encontram barreiras de reconhecimento.  

 

Enquanto intelectuais celebrados como Kant não tiveram problemas para desenvolver objetos dignos de admiração, comentários ofensivos contra pessoas não brancas tinham sido feitos. Aqui no Brasil, tais noções ocidentais estão presentes a ponto de confundirem o senso de comunidade. Lima Barreto, jornalista e escritor, disse que nós não temos povo, temos público.

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No vídeo abaixo, o episódio: "Em Cena,  da webserie Apocalipe Agora, 

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As batidas mais recentes do DJ KL Jay acompanham os versos escritos por Amiri, Jota Ghetto e Anarka. “Eu gostei muito de conversar com os mc’s (...) fiquei algumas madrugadas com a música na cabeça”, comentou o DJ KL Jay em entrevista para a websérie Autoimagem, no episódio O Rap é compromisso. O processo de construção do protesto durou mais de doze meses e teve como referência o longa metragem lançado em 1987, "É Tudo Verdade". 

 

O DJ acredita que a formação do país faz com que artistas talentosos que possuem “estrela e axé” sejam desrespeitados. “Eles amam o Pelé, amam Racionais, amam Djonga, amam Baco Exu do Blues mas odeiam os pretos”, pontuou o rapper.  "Durante nossa infância e adolescência, não somos ensinados a ter o mais importantes dos amores, que é o amor próprio", concluiu.

No vídeo abaixo, o episódio: "O Rap é Compromisso",  da webserie Apocalipe Agora, 

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